Happy hour

Depois de muitos anos fui ao cinema sozinha, ou melhor com a Cíntia. Sozinha no sentido de sem namorado. Pode parecer besteira, mas eu estranho não ter um braço para me apoiar ou uma mão para segurar. O filme era ótimo (Os pássaros), o cinema mais ou menos, o público podia ser dos melhores (muito adolescente, mas que foram bem educados para minha surpresa).
Filme termina, na minha cabeça havia imaginado um final diferente, mais trágico. Comer? Claro. Um xis, ali onde era o Rodmen. Que saudade de comer ali, lembra início do namoro.
Conversas e mais conversas, pouco sobre namorados, muito sobre cachorrinhas. Falando nisso a Rita tá um amor, me lambeu o nariz, a orelha, mas antes ficou com tanto medo de mim que até fez xixi.
Terminamos de comer, hora de ir para casa. Liguei para o namo pedindo para vir buscar, mas ainda tava lá na janta do clube do bolinha. Bom, a solução é pegar um táxi. E as duas esperam e nada, e nada, e nada. Até que um taxista resolveu ficar com pena das duas menininhas paradas na rua às 23h, com cara de abandonadas e parou. Ainda fez a gentileza de levar as duas para casa e desligar o taxímetro uma parte do trajeto para que as duas pudessem pagar um valor semelhante (pois moramos cada uma em um lado da cidade).Chegando em casa, cachorrinha pula bem doidinha de saudade. Cheira muito e sente o cheiro da Rita. Depois de dar uma atenção para ela vou dormir. Cada vez que ouço barulho de carro acordo, mas só lá pelas 2h o namo resolve voltar da sua janta. Humpf. Tá muito saidinho este menino!