31 agosto, 2007

Saudade (idades diferentes, épocas misturadas)

Curaçau com sprite, Planet no domingo de tarde, Barbie, vodka na garrafa de sprite, loucuras, amigas para sempre, jogar vôlei no domingo de tarde, piscina, finais de semana preguiçosos, mãe em casa, Ybaezinha, Garopaba com Tiago, começo de namoro, 2º grau, faculdade, reunião de D.A, ControlVê, pular janela da casa da amiga para brincar de boneca, pular a cerca da casa da outra amiga, brincar de polícia e ladrão com toda a gurizada do bairro. Feriados e finais de semana na vó e na dinda. Aulas de desenho com o primo mais amado do mundo, beber até cair, ou cair sem beber nada. Cortes no joelho, no cotovelo, no queixo, cair de roler, de bicicleta, quebrar o coração, colar de novo. Descobrir que aquela pessoa é bem melhor do que parecia e a outra não vale a pena. Shows de reggae levando namorado arrastado, Aldeia Atlântida com briga e tudo, show do Capital com carro enguiçado, praia com a família..........
Muitas, muitas, muitas coisas mais.

24 agosto, 2007

Agosto...

Minha primeira “paixão” foi ainda na escolinha, eu tinha uns 4 ou 5 anos e gostava do filho da minha professora que tinha uns 10 e obviamente não me dava bola. Depois tinha um colega que não lembro nem o nome só sei que ficava de mãos dadas comigo quando sentava do meu lado.
Depois teve um que queria namorar comigo (acho que já contei esta história), ele era lindinho, cabeludinho super fofo. Mas imagina só, o guri com 13 anos e eu com 9. Claro que não aceitei, mesmo com todas as declarações que ele fez para mim. Eu acampava durante as férias em Flores da Cunha e ele também. Numa noite ele me chamou para conversar perto das churrasqueiras. Já tinha deixado tudo preparado, a música de fundo era Patience do Guns n’ Roses. Disse que era apaixonado por mim, queria namorar e ia pedir o consentimento do meu pai e minha mãe. Eu disse que não, que era muito nova. Ele ficou mais um tempo insistindo e eu dizendo que não. Na verdade eu gostava dele, mas imagina namorar com 9 anos...
Ai, chegou a adolescência e os amores ficaram mais fortes. Teve o cabeludinho da rua, loirinho de olhos verdes, bonito, querido, mas muito convencido. Ele sabia que era bonito e esnobava, minha paixão durou um ano, ele rindo de mim e eu triste pelos cantos, mas passou. Na verdade eu descobri que ele apostou que ficaria comigo com os amigos e me senti usada, pois só assim ele começou a me olhar.
Até que ouvi um outro garoto de olhos verdes falar que a “loirinha do meio era a mais linda”. Advinha quem era a lorinha? Eu. Mas com ele o esquema foi mais complicado, ele queria ficar comigo, mas só quando estava sozinho, quando estava com os amigos me ignorava. Nunca fiquei com ele. Um dia ele estava com outra garota, no outro eu nem olhava na cara dele, ai ele ficava brabo e nem falava comigo e assim foi...
Ele sempre ficava um ano na cidade e um ano fora e quando ele não estava eu sentia falta. Mas teve um ano que sumiu e no final das contas não senti tanto quanto achava que sentiria.
Depois fiquei egoísta, não queria saber de namorar só de ficar e me divertir, compromisso não era comigo, enrolava os caras. E por incrível que pareça, meu primeiro namorado, de namorar mesmo, ir na casa dos pais, sair junto, foi (e ainda é) o único. Não dei chance para os outros, nem era necessário. Encontrei quem eu queria, meu melhor amigo da escola, o mais engraçado, querido e com os olhos mais azuis. Aquele que eu ligava (mesmo antes de termos qualquer coisa) e conversava durante horas. Que eu contava tudo, que me fazia rir, me provocava e me incomodava. Ainda bem que ele ainda está me incomodando...

21 agosto, 2007

De quiança

Fazia algumas coisas que hoje acho tão estúpidas, mas tão estúpidas, que morro de vergonha até de lembrar. Tinha duas melhores amigas, uma um ano mais nova e outra dois anos mais velha. Sempre inventávamos coisas para ganhar um dinheirinho extra.
Quando tinha uns seis, sete anos a brincadeira era fazer desfile de fantasias e deixar o baldinho para quem quisesse contribuir com algum trocado. Normalmente o balde ficava vazio, mas às vezes minha mãe ficava com pena e dava uns troquinhos. Era fantasia de bailarina, de odalisca, de prenda, ou colocávamos roupas “de sair” e passávamos um brilho nos lábios e perfume. A música era sempre da Xuxa. Imagina a cena: eu pequena (era bem baixinha e magrinha, com cabelo comprido e cacheado), vestida de odalisca, dançando Ilariê na sacada da minha casa (que fica bem na frente de casa e é alta).
Também colhíamos salsa, cebola, alface, radicci e vendíamos para os vizinhos “ricos”. Na maioria das vezes íamos vender apenas para poder ver as casas deles por dentro. A fase dos temperos rendeu um bom dinheiro, dava para fazer lanche com refri toda tarde.
Depois começamos a fazer limonada e vender na frente de casa. Cada copo custava R$ 0,10, e pensando bem era muito caro. Na maioria das vezes fazíamos suco sem açúcar, cheio de limão e com semente. E ainda tinha gente que pagava para tomar aquela gororoba. Éca.
Com o dinheiro que a gente ganhava comprava papel de carta, refri, e porcarias como chocolate e salgadinho. E também fazíamos comidinhas malucas, como salada de cebola com pão e nossa limonada sem açúcar, comidinha com Nescau, tempero em pó, areia e cascalho (claro que essa a gente não comeu, mas deu para o irmão menor da minha amiga comer). Maldade pura. Mas na grande parte do tempo eu era bozinha, separava as brigas e ajudava os amigos.


Inspirada pelo maravilhoso "Nostalgia numa hora dessas"

13 agosto, 2007

Defeitos

Meus defeitos e suas conseqüências:


Medo (ou melhor pavor) de dirigir: Tenho carteira, mas não dirijo. Dependo dos outros (ou do ônibus) para me levarem e buscarem. Não sou uma daquelas mulheres poderosas com carros chiques que dirigem por todos os lados e levam os filhos para escola, vão para o trabalho e viajam sozinhas.

Ciumenta: Não gosto de dividir as pessoas. Não gosto de outras pessoas conversando com a MINHA mãe, MEU namorado, MINHAS amigas, nem pegando MINHA cachorrinha...
Sofro com isso, mas não adianta sou ciumenta.

Preguiçosa (nem sempre): Tem dias que não tenho vontade de fazer nada, chego em casa e vejo a bagunça e só penso em dormir, no máximo consigo tirar a mesa e dar comida para os cachorros. Ai fico pensando no que deveria ter feito e perco o sono.

Sou um tanto anti-social: Gosto de algumas pessoas e só, não consigo socializar com grupos muito grandes, acabo me isolando no meu casulo. Converso com um ou dois mais próximos e acabo perdendo a oportunidade de conhecer pessoas legais.

Tímida: Já fui chamada de metida, convencida, nariz empinado. Mas não sou nada disso, não falo com as pessoas por pura timidez mesmo. Não ligo nem para amigos e parentes, pois tenho vergonha, no máximo por e-mail. Mas hoje estou bem melhor neste sentido.

CDF: Não só na escola, mas na vida. Não gosto de burlar o sistema e também não gosto de pessoas que burlam. Não gosto de quem cola e se sai bem por causa de outros. Detesto quem engana e trapaceia.

Teimosa: Ou melhor, uma mula. Quando coloco uma coisa na cabeça (certa ou errada) não há quem me faça mudar de idéia. Posso até não discutir o assunto, mas tenho certeza de que estou certa, sempre.

Grossa e mal-humorada: Quem diria que uma menina com cara meiga como eu possa ser grossa e mal-humorada. Mas sou. Quer brigar comigo: me acorda no meio da noite por besteira, não me deixa dormir quando tenho sono, me incomoda quando recém acordo. E também sou bem braba (baixinha e invocada), às vezes fico braba por besteira. Minha amiga disse que eu fico de beicinho e é a mais pura verdade. Na escola isso era bom, eu batia nos colegas (homens) e eles tinham “respeito” por mim. Mas ai, um dia minha mãe que é profe me disse que era feio bater nos outros. Ai tive que parar de bater neles.

Boazinha demais: Como é que alguém se diz grossa e boazinha demais? Bom eu sou geminiana, tudo vale. Eu às vezes deixo as pessoas me manipularem, por medo, vergonha, preguiça. Isso não é nada bom e quando isso acontece sempre saio perdendo.

Tenho outros tantos defeitos que acabam sendo complemento destes que citei. Sou cheia de defeitos, conheço todos eles e sei que acabam tendo conseqüências ruins para mim. Mas também não sei se quero mudar isso. Gosto de ser do jeito que sou, talvez eu gostaria de ser menos tímida e perder o medo de dirigir...

07 agosto, 2007

Coisa de adolescente grande

(Coisas que fiz, pretendo fazer ou me arrependi de ter feito)

Pintar o cabelo de lilás
Fazer um piercing no nariz (argolinha)
Tatuar as costas (de cima a baixo) e o quadril
Ficar uma hora inteirinha no telefone fofocando
Beber todas até passar mal (na janta da empresa, no dia anterior ao aniver da mãe)
Falar o que penso, sem pensar nas conseqüências (e depois me arrepender)
Dormir o domingo inteirinho
Passar uma tarde preguiçosa na frente da tv comendo pipoca
Secar o cabelo ouvindo música e cantando bem alto (como diria o Tiago gritando)
Ouvir música quase no volume máximo
Ter preguiça de arrumar a casa, passar a roupa, lavar a louça
Ficar indecisa para escolher a roupa ideal (mas isso não é só coisa de adolescente, é coisa de mulher)
E mais algumas que no momento não lembro...

01 agosto, 2007

Coluna de cinema


Aqui vão algumas dicas para minha colunista de cinema preferida.
Vou escrever um pouquinho sobre os filmes, mas por favor não me comparem a ela, pois ela é uma crítica da sétima arte, com critérios e exigências elevados, eu sou apenas uma adoradora de filmes que gosta de comentar com os amigos sobre a “sessão da tarde”.
Uma das dicas são os filmes de adolescentes baseados em peças shakespearianas. No momento me lembro de apenas alguns: Dez coisas que odeio em você (A Megera domada), Ela é o cara (Noite de Reis), Jogo de intrigas (Othello), Muito barulho por nada....
Nem todos bons, mas uma forma interessante de mostrar que Shakespeare é atual e continua inspirando.
E seguir por essa linha de filmes baseados em livros, fazendo comparações.
Outra idéia é falar sobre os remakes, que parecem ter entrado em voga. Alguns dando brilho novo a filmes que ficaram um tanto quanto apagados no passado, outros sendo uma cópia literal onde apenas os atores e as locações são novas. E por favor, quem ainda não leu a coluna da moça entra agora, pois vale a pena, e muito.