29 outubro, 2007

Salve!!!

Convite para show da Salve Ferris de grátis. Óbvio que aceitamos. Festa estranha, com gente esquisita. Mas o melhor foi a reação do povo “country-brega” ao ver um bando de cabeludos entrando no recinto. Nada contra o lugar e a música até que não era das piores, mas que pessoalzinho feio hein (não que eu seja linda). Tava meio vazio e nada do show começar. Quando o público aumentou um pouco o pessoal foi para o palco. Agora imagina: um vocalista cabeludo, a vocalista de cabelo rosa e tatuagens. O resto da banda da banda também rock n’ roll, de preto ou cabelos compridos. A cara de espanto foi hilária. As meninas (eu junto) correram para frente do palco para dar um apoio. Como sempre o show foi super divertido e deu para dançar muito, mas o engraçado é que só nós dançamos. Os outros olhavam, riam, ou ficavam com cara de brabos. Uns até foram embora. O problema não era a banda e sim o resto do público. Mas valeu muito, demos risadas dos passos malucos que alguns inventaram e eu fiquei muito feliz, pois mesmo mudando o repertório eles deixaram REBELDE....

“Aunque lo escucho ya estoy lejos de aquí
cierro los ojos y ya estoy pensando en ti.

Y soy rebelde
Cuando no sigo a los demás
Y soy rebelde
Cuando te quiero hasta rabiar
Y soy rebelde
Cuando no pienso igual que ayer
Y soy rebelde
Cuando me juego hasta la piel

Si soy rebelde, es que quizás
Nadie me conoce bien.”

26 outubro, 2007

Casamento, feira do livro e poeira

Sábado tinha casamento da minha prima. Isso significa muitas horas marcadas (frescuras de mulher), sexta arrumar unhas da mão, pé e pintar o cabelo, sábado ioga e arrumar o cabelo. Tinha me organizado para dar uma passada na feira do livro antes do cabeleireiro. Acordei empolgada, fui para ioga, voltei para casa cedo, lavei a calçada e fui ajudar o Tiago a arrumar a pia. Tira panelas de dentro, tira a pia do lugar, testa o cano, mas ainda está vazando. Bom a solução é quebrar a parede até achar onde vaza. Ficamos tentando arrumar aquela encrenca até às 15:30 (tinha hora marcada às 16h) e ainda tinha que tomar banho.
Esquece que vai dar tempo de ir na feira. Vergonha grande. Pois sou colunista de literatura do Armazém da Notícia e não fui na feira do livro de 2007. Culpa minha por não me organizar para ir antes e culpa da pia por me atrapalhar.
A casa uma bagunça, microondas no quarto, tv em cima da cama, panelas, talheres e tampas espalhas por ai. Mas tinha que me arrumar, não dava tempo de guardar nada. Fui no cabeleireiro, quando cheguei em casa coloquei meu vestido lindo!!!!!! (feito de uma saia antiga, o modelo foi idéia da minha irmã). E maquia e arruma e coloca brinco e colar e perfume e pulseira e sandália (linda da promoção). Pronto. Tiago lindo e cheiroso de terno e tudo. Casamento lindo, pena que minha mãe e meu pai não foram. Janta no lago do jet, calor, muito calor. Fomos embora antes do bolo, antes da valsa, antes dos docinhos, esperamos apenas as fotos. O cansaço era grande e já era tarde. Dormimos na chácara e acordamos cedinho para poder arrumar o resto da bagunça. Mero engano.
Tivemos que quebrar mais, sujar mais, empoeirar mais. Além de vazar também estava entupido. Desde sábado estamos arrumando (ou melhor o Tiago está, eu só dou apoio moral) e acho que amanhã finalmente vou poder guardar as panelas e usar minha cozinha novamente. E nada de microondas, gavetas e tampas no chão do quarto.












Ai tem a minha foto roubando os docinhos no final da festa e com a minha irmã. Tirei uma como o meu love mas saiu muiiiiito tremida.

16 outubro, 2007

Noite de segunda

Cheguei em casa depois do trabalho cansada. Pensei que finalmente terminaria de ler o livro (faltavam ainda 150 páginas). Jantei, coloquei o pijama e mergulhei na leitura. Era a primeira vez em algumas semanas que ele também ia para casa cedo, não precisou trabalhar até tarde como sempre. Em torno de 30 minutos depois uma ligação. A expressão preocupada dele denunciou que era algo ruim. Coloquei um moletom por cima do pijama e o tênis, o carro corria muito, pois tínhamos pressa em chegar.
A cara de tristeza, misturada com medo, raiva e preocupação no rosto dela era a pior coisa. Pior que a janela quebrada (arrombada seria mais correto) ou as roupas espalhadas pelo chão. Não sabiam ao certo o que tinha acontecido. Chegaram em casa e a porta estava aberta, a janela quebrada, o quarto revirado, a cachorra latindo para o mato, a cerca cortada.
Ninguém estava em casa, ninguém se machucou. O que levaram não era de tanto valor, mas era deles! As roupas, cobertas, sapatos espalhados davam raiva. Alguém estranho vasculhou os guarda-roupas, os armários, tirou tudo do lugar.
Coisas deles, nossas, minhas foram levadas. Mas o medo e a sensação de invasão eram piores que a falta dos bens.
E como dormir depois disso? Com a janela aberta, os vidros quebrados, a apreensão...
Pegar no sono às 3h e saber que no outro dia tinha que trabalhar cedo, e que ela com certeza não tinha dormido a noite toda e não vai conseguir dormir nos próximos dias.Não vai passar tão cedo, nem para nós, nem para ela e ele. Mas como repetimos diversas vezes ninguém se machucou, não levaram coisas insubstituíveis, os estragos na casa podem ser consertados.

09 outubro, 2007

Tempo

É bom não ter muito tempo sobrando. Assim eu chego em casa de noite cansada e não percebo milhões de coisas que ando deixando de lado. Não postei nada no blog, não retribui o depoimento da Su e nem escrevi um para Gázi. Não mandei e-mail para Cíntia, não liguei para ver se minha vó tá bem. Não sobra tempo para ler novo e ter algo para escrever no Armazém (apenas reciclar leituras de meses atrás), nem ler os blogs dos amigos dá. Não curto tanto a Mia e o Tiago como deveria. A casa então nem se fala, está limpa, mas bem bagunçada e a pilha de roupas para passar só aumenta. Nos findis loto a agenda de novo, ai não vejo os filmes que estão estreando na TV e muito menos no cinema.
A Feira do Livro vai ter que esperar mais um pouco, talvez na semana que vem...
Ano passado eu era “um pouco” desempregada. De manhã ficava em casa e a tarde ia para o trabalho. Ai parecia que as horas se arrastavam, não passavam. Este ano em compensação quando me dei conta já era outubro, já está quase na hora do casamento da prima (que parecia muito distante), e daqui a pouco começa 2008.
Enquanto a minha falta de tempo é produtiva vale a pena, caso se torne estressante e me fizer deixar de lado coisas importantes é hora de repensar. (mas também dá uma saudade de quando era mais nova e das tardes preguiçosas comendo bolacha recheada e vendo tv...)

02 outubro, 2007

Dublagens

Quatro anos de faculdade aprendendo a fazer voz mais adulta, 01 ano inteirinho apresentando um programa (dois na verdade) na rádio comunitária da UCS, com voz bonita e português correto.
E agora me pedem para fazer voz de quiança? Minha voz é super infantil, mas nunca imaginei que isso um dia pudesse ser usado em meu favor. Já tenho cara de mais nova e voz de adolescente. Além disso, coisas desconhecidas me dão pânico, pavor, muito medo mesmo.
O seu Tchuky que me convidou, aceitei receosa (eu sempre tenho receio). No meio da tarde combinamos a hora e lá pelas 18h recebi o texto. Dei uma boa lida em casa. De noite fui para o estúdio. Durante a gravação só estaríamos em 4 lá. Beleza pensei comigo (hummm, mas será mesmo que era tão bom assim ??? Parecia que a pressão era maior.)
Grava, não ficou bom, regrava, regrava, regrava, regrava. Ficou tudo com eco, mas não ficou tão ruim. Mesmo os manhê, paiê de menina mimada ficaram no mínimo engraçados. Acabou as frases da Mel (sim, agora sou a Mel). É a vez do menino, gritos, muitos gritos (é que o menino fala gritando mesmo, coisa de homem isso).
No final, ouvimos tudo junto, para variar detestei minha voz, mas achei muito interessante fazer isso. Ninguém viu minhas mãos tremendo e por isso mesmo que não as tirava do bolso. Nem adiantava pedir.
Quem diria que acharia legal gravar uma coisa diferente, fazendo voz de menininha. Mas gostei, achei divertido e o público (os 3 meninos que estavam lá, todos conhecidos por sinal) foi bem receptivo, ou bem falso, ainda não descobri.
Tomara que dê certo, prometo melhorar. Quem sabe treino um pouco dicção de pré-adolescente e invento umas gírias. Se der vou ser mais algumas vezes Mel.