17 março, 2008

A pedidos

Alguém sentiu falta dos meus textos e me “mandou” postar alguma coisa com urgência. Inclusive ela me chamou de preguiçosa por não postar nada.
A princípio me desculpei, disse que era falta de tempo e não preguiça. Mas me dei conta de que ando bem mais preguiçosa do que já fui.
Sempre fui dorminhoca, mas durante o período em que estava acordada meu ritmo era alucinado. Durante a adolescência além das aulas normais sempre fazia cursos. No último ano da escola, além de estudar de manhã, fazia pré-vestibular de tarde e inglês à noite. No primeiro ano de faculdade comecei a trabalhar. Então estudava de manhã e trabalhava à tarde. E mesmo tendo aula no sábado não deixava de ir em festas na sexta.
No último ano de faculdade o ritmo acelerou mais, a ponto de quase surtar. O café era nosso combustível básico. Estava fazendo as aulas normais, o trabalho de conclusão de curso, um estágio no centro de tarde e um estágio na UCS de noite, fora algumas aulas no turno da noite. Chegava em casa sempre perto da meia-noite e acordava super disposta no outro dia. Tá certo que nesse período saia pouco, ficava em casa estudando nos findis. Mas sempre arranjava tempo para o namorado e para a família.
Conclui a graduação e logo inventei de fazer uma pós. Trabalhava de manhã e de tarde e ia para pós em Bento Gonçalves nas sextas-feiras. A aula ia das 16h às 22h, com um intervalo de 30 min. Agüentei bem.
Depois sai daquele emprego, comecei a trabalhar na Tecnimig. No primeiro ano só no período da tarde, depois o dia todo. Depois minha mãe se mudou, o Tiago foi morar comigo e aos poucos eu fui ficando preguiçosa. Não que eu deixe de fazer o meu trabalho ou as coisas em casa, mas não tenho mais pique para sair, ir para festas, jantas, encontros de amigas. Mesmo morrendo de saudade de fazer isso. E quando vou quero ficar pouco, sinto falta da minha casa, das minhas coisas.
Talvez isso seja a chamada “responsabilidade, pois eu sei que tenho que acordar cedo no outro dia. E que ninguém vai ir para casa lavar e passar a roupa para mim. E que minha cachorra sente falta se ficamos muito tempo fora. E que os outros cachorros também precisam de comida e atenção. E que eu tenho sono e cansaço e que estou “velha”.
Não sei se com o tempo isso passa ou piora. Mas até que estou feliz assim. Sinto falta das minhas amigas, mas eu sou mais a favor de cafés e fofocas em casa. Sabe coisa de tia? Só as mulheres fazendo aqueles chás em que cada uma leva uma coisa???
Podemos marcar um sábado lá em casa. Podem levar crianças e cachorros, e até namorados. Mas nada de cerveja, no máximo batidinha no final da tarde. Ou vamos todos conhecer a minha casa que está sendo construída lá em Ana Rech. Passar um dia agradável olhando a natureza, o lago, sem pressa, sem ser “um encontro”. Uma coisa mais em casa. Coisa de gente que tem preguiça, mas não quer deixar de ver quem gosta.

6 comentários:

Preta disse...

eu super sou a favor das pessoas velhas, queridas. depois que se passa dos 20, a coisa não é mais a mesma. vejo por mim, q poderia dar um control C | control V nesse post lá no meu blog.

Paulo disse...

Me identifiquei. Ando trocando as festas por filmes em casa. Eu também estava com saudades dos teus textos, só não tinha coragem de cobrar. [tímidez]
Beijos!

Adele Corners disse...

Ai ai...

Minha vontade tb é essa...

Ficar em casa, tomar chima, fofocar e brincar com a Rita.

Anônimo disse...

Ah, que querida! Tu é uma fofa, isso sim, Rochele. Com tanta correria é bem normal que tenha desacelerado o ritmo agora.
Tenho saudades!
Beijo

Anônimo disse...

Ah, foi a Paulinha que comentou, hehe.

Suani Campagnolo disse...

sei bem como é correria...e ta sendo tão bom...
quanto mais coisas se tem, mais tempo se arruma.
Mas a preguiça é inevitavel, por mim ficaria horas na cama...em casa.

Filho e namorado? é so marcar.