Alguém sentiu falta dos meus textos e me “mandou” postar alguma coisa com urgência. Inclusive ela me chamou de preguiçosa por não postar nada.
A princípio me desculpei, disse que era falta de tempo e não preguiça. Mas me dei conta de que ando bem mais preguiçosa do que já fui.
Sempre fui dorminhoca, mas durante o período em que estava acordada meu ritmo era alucinado. Durante a adolescência além das aulas normais sempre fazia cursos. No último ano da escola, além de estudar de manhã, fazia pré-vestibular de tarde e inglês à noite. No primeiro ano de faculdade comecei a trabalhar. Então estudava de manhã e trabalhava à tarde. E mesmo tendo aula no sábado não deixava de ir em festas na sexta.
No último ano de faculdade o ritmo acelerou mais, a ponto de quase surtar. O café era nosso combustível básico. Estava fazendo as aulas normais, o trabalho de conclusão de curso, um estágio no centro de tarde e um estágio na UCS de noite, fora algumas aulas no turno da noite. Chegava em casa sempre perto da meia-noite e acordava super disposta no outro dia. Tá certo que nesse período saia pouco, ficava em casa estudando nos findis. Mas sempre arranjava tempo para o namorado e para a família.
Conclui a graduação e logo inventei de fazer uma pós. Trabalhava de manhã e de tarde e ia para pós em Bento Gonçalves nas sextas-feiras. A aula ia das 16h às 22h, com um intervalo de 30 min. Agüentei bem.
Depois sai daquele emprego, comecei a trabalhar na Tecnimig. No primeiro ano só no período da tarde, depois o dia todo. Depois minha mãe se mudou, o Tiago foi morar comigo e aos poucos eu fui ficando preguiçosa. Não que eu deixe de fazer o meu trabalho ou as coisas em casa, mas não tenho mais pique para sair, ir para festas, jantas, encontros de amigas. Mesmo morrendo de saudade de fazer isso. E quando vou quero ficar pouco, sinto falta da minha casa, das minhas coisas.
Talvez isso seja a chamada “responsabilidade, pois eu sei que tenho que acordar cedo no outro dia. E que ninguém vai ir para casa lavar e passar a roupa para mim. E que minha cachorra sente falta se ficamos muito tempo fora. E que os outros cachorros também precisam de comida e atenção. E que eu tenho sono e cansaço e que estou “velha”.
Não sei se com o tempo isso passa ou piora. Mas até que estou feliz assim. Sinto falta das minhas amigas, mas eu sou mais a favor de cafés e fofocas em casa. Sabe coisa de tia? Só as mulheres fazendo aqueles chás em que cada uma leva uma coisa???
Podemos marcar um sábado lá em casa. Podem levar crianças e cachorros, e até namorados. Mas nada de cerveja, no máximo batidinha no final da tarde. Ou vamos todos conhecer a minha casa que está sendo construída lá em Ana Rech. Passar um dia agradável olhando a natureza, o lago, sem pressa, sem ser “um encontro”. Uma coisa mais em casa. Coisa de gente que tem preguiça, mas não quer deixar de ver quem gosta.
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6 comentários:
eu super sou a favor das pessoas velhas, queridas. depois que se passa dos 20, a coisa não é mais a mesma. vejo por mim, q poderia dar um control C | control V nesse post lá no meu blog.
Me identifiquei. Ando trocando as festas por filmes em casa. Eu também estava com saudades dos teus textos, só não tinha coragem de cobrar. [tímidez]
Beijos!
Ai ai...
Minha vontade tb é essa...
Ficar em casa, tomar chima, fofocar e brincar com a Rita.
Ah, que querida! Tu é uma fofa, isso sim, Rochele. Com tanta correria é bem normal que tenha desacelerado o ritmo agora.
Tenho saudades!
Beijo
Ah, foi a Paulinha que comentou, hehe.
sei bem como é correria...e ta sendo tão bom...
quanto mais coisas se tem, mais tempo se arruma.
Mas a preguiça é inevitavel, por mim ficaria horas na cama...em casa.
Filho e namorado? é so marcar.
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