A Páscoa esta chegando e isso me lembra um fato muito marcante da infância. Não eram os ovos de chocolate, nem as comemorações em família, nem a parte religiosa da data. Mas sim o tal coelhinho.
Tinha uns 8 ou 9 anos quando minha família ganhou um coelho igual ao da música (de olhos vermelhos e pelo branquinho). Na época minha casa tinha um pátio bem grande fechado, com grama e árvores. Era lá que tínhamos nossa cadela e foi lá que fizemos a casinha para o bicho. Ele comia muito e ficava cada dia mais gordo. Eu pensava que este tipo de bicho era incapaz de um convívio “social”. Que ficava no seu canto comendo, roendo e cavando, sem interação. Ficamos com medo que nossa cadela (Xana) atacasse o bicho, tentasse mordê-lo e deixamos ela presa alguns dias. Como tinha medo de cachorros eu dificilmente ia no pátio, muito menos sozinha, então não ficava muito perto do coelho. Com o tempo meus pais foram deixando a Xana chegar perto do coelho, cheirá-lo, is se acostumando. Mas eram sempre visitas supervisionadas.
Eu gostava de ir lá e tentar pegar o coelho para fazer carinho, coisa bastante difícil pois ele era mais na dele, gostava de sua solidão e sua comida (nunca vi bicho mais guloso).
Mas um dia meu pai arriscou e soltou a Xana e o coelho na grama e assistimos a uma cena muito surpreendente. Eles não apenas se tornaram grandes amigos como brincavam o tempo todo. Era uma imagem incrível, ver dois bichos de tamanhos e comportamentos tão diferentes brincando de se pegar. O coelho saltitava até a cadela, que ficava abaixada pronta para dar o bote. Quando ele chegava até ela ia rapidamente para outro canto da grama e ela ia feliz da vida atrás.
Por muitos finais de semana nosso passatempo foi ver os dois brincando. Sem se preocuparem com diferenças eles se tornaram grandes amigos.
Infelizmente a alegria terminou. O coelho fez um “plano de fuga”. Mesmo tendo comida, regalias e amigos ele queria mais, queria a liberdade. Roeu o fundo da casinha e foi cavando a terra até conseguir fazer um buraco por baixo do muro. Devem ter sido dias de trabalho, mas nós nem reparamos. Ele fugiu para o mato e pelo que sabemos depois virou um assado. (Ai me questiono como as pessoas podem comer coelhos, essas criaturas tão bonitas e meigas).
A cadela notou a ausência e ficou muito tempo cercando a casinha, esperando que ele voltasse. Anos depois ela também morreu devido a uma picada de cobra no mato que ela adorava brincar do lado da nossa casa. (Muito triste ver um bichinho da gente morrer).
Até parece que faz muito tempo e que sou muito velha. Mas realmente parece que passaram muuuuitos anos e garanto que fazem menos que 20.
Mas naquele tempo a gente deixava os cachorros soltos, sem se preocupar que alguém poderia matá-lo ou que roubassem. Tínhamos cercas para que os bichos não fossem para o mato e não por medo de ladrões. As janelas e portas ficavam abertas todo o final de semana, os muros eram baixos e pular a cerca era um jeito de chegar mais rápido na casa do amigo e não invasão de propriedade.
Tinha uns 8 ou 9 anos quando minha família ganhou um coelho igual ao da música (de olhos vermelhos e pelo branquinho). Na época minha casa tinha um pátio bem grande fechado, com grama e árvores. Era lá que tínhamos nossa cadela e foi lá que fizemos a casinha para o bicho. Ele comia muito e ficava cada dia mais gordo. Eu pensava que este tipo de bicho era incapaz de um convívio “social”. Que ficava no seu canto comendo, roendo e cavando, sem interação. Ficamos com medo que nossa cadela (Xana) atacasse o bicho, tentasse mordê-lo e deixamos ela presa alguns dias. Como tinha medo de cachorros eu dificilmente ia no pátio, muito menos sozinha, então não ficava muito perto do coelho. Com o tempo meus pais foram deixando a Xana chegar perto do coelho, cheirá-lo, is se acostumando. Mas eram sempre visitas supervisionadas.
Eu gostava de ir lá e tentar pegar o coelho para fazer carinho, coisa bastante difícil pois ele era mais na dele, gostava de sua solidão e sua comida (nunca vi bicho mais guloso).
Mas um dia meu pai arriscou e soltou a Xana e o coelho na grama e assistimos a uma cena muito surpreendente. Eles não apenas se tornaram grandes amigos como brincavam o tempo todo. Era uma imagem incrível, ver dois bichos de tamanhos e comportamentos tão diferentes brincando de se pegar. O coelho saltitava até a cadela, que ficava abaixada pronta para dar o bote. Quando ele chegava até ela ia rapidamente para outro canto da grama e ela ia feliz da vida atrás.
Por muitos finais de semana nosso passatempo foi ver os dois brincando. Sem se preocuparem com diferenças eles se tornaram grandes amigos.
Infelizmente a alegria terminou. O coelho fez um “plano de fuga”. Mesmo tendo comida, regalias e amigos ele queria mais, queria a liberdade. Roeu o fundo da casinha e foi cavando a terra até conseguir fazer um buraco por baixo do muro. Devem ter sido dias de trabalho, mas nós nem reparamos. Ele fugiu para o mato e pelo que sabemos depois virou um assado. (Ai me questiono como as pessoas podem comer coelhos, essas criaturas tão bonitas e meigas).
A cadela notou a ausência e ficou muito tempo cercando a casinha, esperando que ele voltasse. Anos depois ela também morreu devido a uma picada de cobra no mato que ela adorava brincar do lado da nossa casa. (Muito triste ver um bichinho da gente morrer).
Até parece que faz muito tempo e que sou muito velha. Mas realmente parece que passaram muuuuitos anos e garanto que fazem menos que 20.
Mas naquele tempo a gente deixava os cachorros soltos, sem se preocupar que alguém poderia matá-lo ou que roubassem. Tínhamos cercas para que os bichos não fossem para o mato e não por medo de ladrões. As janelas e portas ficavam abertas todo o final de semana, os muros eram baixos e pular a cerca era um jeito de chegar mais rápido na casa do amigo e não invasão de propriedade.
3 comentários:
A Lassieeeeeeeeeee!!!!
Tb me pergunto como podem comer coelhos...
Ai, amei essa tua foto! Que fofura que tu era quando pequena... tudo bem que tu não cresceu muuuuuito mais, huahuahuahuha! Enfim...
Beijos!!!
Também amei a foto!
E o final do seu post me deixou nostálgico, lembrando da época em que dormíamos com a janela aberta, só com a tela pra não entrar pernilongos.
E não, não faz tanto tempo assim.
Beijos!
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